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“O Bom Inverno”, novo livro de João Tordo

2 Set

Está a chegar um Inverno cheio de saúde. Acreditamos que sim, é “O Bom Inverno”, de João Tordo. 16 de Setembro: o dia do João. 2010: o ano do quarto romance do autor.

Lançamento na Livraria Ler Devagar, em Lisboa, na Lx Factory, às 19:00

Apresentação a cargo de Pilar del Rio.

A vida pela eternidade. O continuar a estar de Saramago.

23 Jun

As palavras que os livros integram são elas mesmas a fonte de vida da humanidade. As mudanças, o tema da mudança será para sempre a marca da literatura. A humanidade dos livros, a vida que as palavras eternizam é ela própria o rumo dos sonhos, dos desejos que o mundo encerra nos corações que palpitam. O amor, mas não só. A vida, mas também a sua parceira de caminhada. A morte. O deixar de existir e que apenas subsiste nos registos vídeo ou áudio, mas que só nas palavras persiste. Estas são elas próprias a tradução de uma coisa que antes era invisível e que depois está presente,  que permanece, então. Que não deixa de estar. Assim sendo, apraz dizer, com Saramago não se cumprirá «o deixar de estar». Saramago, pela lógica que nos ensinou, continua a estar. Ele e outros poucos continuarão a estar pelos tempos vindouros, mesmo os mais distantes. Pelos milénios a que a existência permita aos humanos.

Saramago continuará com a humanidade.

Ontem na Casa Fernando Pessoa foi assim

26 Set

Segundo João Tordo:

“Ontem na Casa Fernando Pessoa foi assim: o Carlos Vaz Marques moderou, com a sua elegante e melodiosa voz de rádio; eu falei nervosamente sobre “As Três Vidas”, reparando tarde demais que levara o mau par de sapatos, esburacados à frente, mesmo de chapa para o público; foi breve, e toda a gente ajudou; o Carlos Reis é um magnífico orador e cheio de graça, tendo contado umas histórias sui generis sobre o Saramago e o ano de atribuição do Nobel; o Miguel Real, na sua infinita disponibilidade, tinha tudo sistematizado por ano, nome e categoria de cada escritor que se viu influenciado pelo Saramago desde os anos 80; e Zeferino, editor da Caminho, falou brevemente sobre o que é esta coisa estranha de poder ler os livros do Saramago antes de toda a gente (bastard!…), mesmo antes das revisões finais. Disse que o homem é o sonho de qualquer editor: chega tudo muito certinho, precisa apenas de meia dúzia de correçõezitas finais antes de ir para a gráfica…a Ana Pereirinha, que estava sentada na primeira fila, até se deve ter rido, uma vez que os romances aqui do vosso amigo precisam de 6 milhões de alterações e oito ou nove birras antes de chegarem ao mercado. Depois ainda me deixaram falar um bocadinho de “O Homem Duplicado”, que é um dos meus Saramagos preferidos,”

Para ler mais no blog do autor, aqui.

Curiosidades:

João Tordo venceu, em 2001, o prémio Jovens Criadores, do instituto Português da Juventude. O seu mais recente romance As Três Vidas.

Efeitos do Nobel de Saramago – O debate na Casa Fernando Pessoa

23 Set

Dia 25 de Setembro, pelas 21h30, na Casa Fernando Pessoa: Quais os efeitos do prémio Nobel de José Saramago, nas letras portuguesas?

«São protagonistas do debate o professor universitário Carlos Reis, o crítico e escritor Miguel Real, o editor Zeferino Coelho (Leya/ Caminho) e João Tordo, que apresentará o seu mais recente romance, As 3 Vidas (QuidNovi). Moderação a cargo de Carlos Vaz Marques

Mais informações aqui e aqui.

Curiosidades:

– Espólio de Pessoa vai a leilão a 13 de Novembro

– Entrevista ao Prof. Carlos Reis – Reitor da Universidade Aberta

Lobo Antunes – Comendador da Ordem das Artes e das Letras francesas

19 Set

Foto

O que pensar de Lobo Antunes? Para mim, Lobo Antunes é mais do que um obreiro da palavra. O que não quer dizer, porém, que tudo o que diz ou escreve tem valor; porque por vezes até me faz lembrar um menino a bater o pé e a dizer: Dêem-me já o “el gordo”!

Em Portugal é tido como um Deus e, de tanto lho dizerem, ele acreditou. O que é bom por um lado e péssimo por outro, já que, se não for cauteloso, pode cair numa armadilha (embora me pareça avisado) – esperemos que isso não aconteça, afinal é verdadeiramente merecedor do Nobel.

Mas, ontem, dia 18 de Setembro de 2008, as seguintes palavras de Lobo Antunes sensibilizaram-me mais que os seus livros até então:

“Julgo que de cada vez que um artista português é reconhecido em qualquer outro país, é o nosso povo, é o nosso país todo. Temos recebido tão pouco e merecemos tanto”, observou, ao receber as insígnias de Comendador da Ordem das Artes e das Letras francesas.

De facto, senti algo que nem sempre noto ao ler as suas rebuscadas obras – uma sinceridade verdadeira. Posso estar enganado, mas Lobo Antunes,  naquele instante, pareceu-me ter sido tocado pelo mesmo anjo que tocou Fernando Pessoa enquanto escrevia os poemas de Mensagem, ou pelo mesmo anjo que inspirava os sermões do padre Viera e os esperançosos pensamentos do professor Agostinho da Silva.

Gostei do que ouvi e, a partir de hoje, vou estar mais atento às futuras opiniões e obras deste grande mestre da literatura portuguesa (e, por isso, da literatura mundial?).

Curiosidades:

– Mais sobre sobre esta homenagem a Lobo Antunes na Visão

– O olhar de Lobo Antunes na foto deste post e a sua semelhança com o de Agostinho da Silva, na serigrafia do post anterior (estarão ambos a olhar na mesma direcção?).

Novo livro de Herberto Hélder

17 Set

Este mês a editora Assírio & Alvim vai publicar “A faca não corta o fogo – súmula & inédita”, o novo livro de Helberto Hélder.

Curiosidades: O autor de Photomaton & Vox é «considerado pelos seus fiéis seguidores como o maior poeta português, a seguir a Pessoa.»*

* In Gentil, George, Robert Béchan, “La Littérature Portugaise”, Paris: Éditions Chandeigne, 1995, p. 232.

Mais desenvolvimentos sobre os novos livros de autores portugueses no Público


José Saramago, mais um blogger entre nós

16 Set

Agora que o escritor português, Prémio Nobel de Literatura (1998), deu por terminado o seu mais recente livro  A viagem do Elefante, a fundação José Saramago, presidida pela sua esposa Pilar del Río, enuncia a existência de um caderno muito especial, O Caderno de Saramago, um blog onde o escritor se predispõe a escrever «o que for, comentários, reflexões, simples opiniões sobre isto e aquilo, enfim, o que vier a talhe de foice».

Curiosidades: António Caetano Egas Moniz foi o primeiro Nobel português. Recebeu o Prémio Nobel da Medicina em 1949 pela introdução de uma técnica neurocirúrgica inovadora: a lobotomia.